De jovem sem perspetivas a porta-voz da sua geração
EXPERIÊNCIA
Marta Martins, de 20 anos, faz parte da geração descrita no estudo internacional.
Critica o uso excessivo das tecnologias desligada do mundo.
“Vi um anúncio na televisão e inscrevi- me, agora colaboro em dois projetos. Um com seniores e outro com crianças, que são duas áreas do meu interesse.”
O objetivo da estudante universitária de 20 anos era mostrar que a sua geração é “competente, que nos preocupamos com o dia de amanhã e com um Portugal melhor”.
Faz parte do projeto Dream Teens, da equipa de investigação coordenada pela professora Margarida Gaspar de Matos em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian.
Em relação ao estudo sobre os comportamentos de saúde dos jovens, Marta reconhece que se revê nos resultados globais, mas tenta contrariar algumas tendências. O uso excessivo da tecnologia é uma delas.
“Tento usar o telemóvel mais para marcar coisas e ir ocasionalmente às redes sociais.Mas quando saio com os meus amigos ninguém pode estar a olhar para o telemóvel.” Os adolescentes portugueses são dos que menos saem com os amigos em contexto fora das aulas.
Marta, natural da Póvoa de Varzim, acha que a culpa é da internet e dos videojogos.
Outra coisa que Marta – que respondeu ao inquérito – também compreende bem é o desinteresse pela escola.
“Acabei por escolher um curso profissional também porque no ensino regular os professores só debitam a matéria e não é dinâmico.
Sinto que a escola quer fazer de nós máquinas.”
Fonte: Diario de Noticias