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Dream Teens Aventura Social

O Dream Teens é uma rede de 106 jovens líderes (entre os 11 e os 19 anos), que juntamente com a equipa de apoio formada por especialistas, constitui uma rede a nível nacional.

Cancro nas mulheres

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Hoje em dia o ser humano mudou muito, comparativamente com há uns anos atrás.

Estamos em mudança e isso é uma constante.

As novas tecnologias, a “febre” dos ginásios, os novos hábitos alimentares, menos sedentarização…

São inúmeras as atividades, programas, estudos para combater os “maus” e “velhos” hábitos.

Mas será que estamos a preocupar demasiado com umas coisas e outras se acabam por esquecer?

Dois estudos da American Cancer Societv (ACS) vieram a comprovar, num congresso em Paris, que o número de mortes nas mulheres provocadas por cancro está a crescer e tem tendência a aumentar.

Estima-se que até 2030, 5,5 milhões de mulheres, a uma escala mundial, perderão a vida devido ao cancro.

Se formos a pensar em números, é quase metade da população portuguesa… “Os cancros associados aos países desenvolvidos estão a tornar-se mais comuns.” (estudo ACS).

Será que não estamos a tomar a devida atenção á sociedade e ao desenvolvimento da mesma, ao seu comportamento.

Será que não estamos a investir SERIAMENTE em estudos e investigações nesta área?

Sem saúde não há emprego, não há poder de compra, a economia do país sofre significativamente.

Esta é uma perspetiva, não vista por muitos.

O tipo de cancro mais conhecido é o cancro da mama e este deverá ser o mais fatal nos próximos 15 anos, mas acrescem o cancro do colo do útero, intestinos, pulmão. Estes são os que provocam mais mortes a nível mundial.

“Para os que enfrentam a doença agora, é preciso investir em tratamentos eficientes e em cuidados paliativos.Além disso, a vigilância e a investigação para a prevenção e tratamento continuam a ser indispensáveis” afirma a (ACS).

Em suma, sociedade mundial evolui, mas como disse no inicio estamos em contante mudança e é preciso sempre mais e mais e mais, porque assim nós exigimos para crescermos enquanto individuos, população, enquanto sociedade.

Há que estar alerta para combater as preocupações futuras.

Combater o cancro não é fácil e os números comprovam no bem, mas podemos evitá-lo e evitar inúmeras mortes. Basta atuar…

 

Dreamer, Carolina Gonçalves

ELEIÇÕES, DESILUSÕES E LIÇÕES

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Existem dias maus, suportáveis, mas maus. Depois existem dias como o de hoje, dias em que se erguem muralhas, se fecham janelas e se trancam portas.
Disse, Einstein, da ciência e do exacto, da lógica e do racional, que, e cito, “Há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana”. Hoje, num ato que teve pouco a que se possa chamar de racional, a estupidez humana viu-se infinita, como já não se afirmava há algum tempo.
Era de manhã e parecia que tudo se integrava na rotina diária, quando me deparei com a notícia de que tinha sido lançada uma nova bomba: a vitória de donald j. trump (e que se faça do seu nome algo tão pequeno quanto os seus ideais). Desde então que sinto a necessidade de expressar o que sinto e o que penso, de gritar, mesmo sabendo e tendo hoje confirmado que o mundo é feito de surdos. Infelizmente, hoje foi dos dias em que mais me faltaram as palavras, pelos motivos também, infelizmente, mais óbvios.
Se existe algo que aprendi com o tempo é que temos de saber lidar com as desilusões, mas nunca me ensinaram a lidar com isto. Um líder, por si só, é o reflexo daqueles que o elegeram e eu, principalmente enquanto mulher e posteriormente enquanto Homem, recuso-me a aceitar que uma grande parte da população mundial ainda se faça reger por pensamentos e acções machistas, xenófobos, homofóbicos, transfóbicos, racistas, entre tantos outros semelhantes ou superiormente ignorantes. Como pôde Trump chegar e, além de marcar presença, ficar? Como pôde uma campanha eleitoral que tinha tudo para ser ruidosa, fazer mais do que apenas barulho de fundo e chamar tanta gente para a ouvir e seguir? Entre nacionalismos e desejos de voltar aos “bons velhos tempos”; entre falta de identidades e facilitismo perante influências; entre aquilo que os Media dizem e aquilo que incutem. Entre estes e outros mares de opiniões e mentes, estão os votos que deram a vitória a trump. Estão os votos que derrotaram Democratas e aquilo que restou de um mundo consciente e, agora, receoso.
Parece-me que a partir deste momento vivemos num mundo de extremos, numa transformação constante entre a comédia e o terror, mas numa construção crescente de ódio e medo. Vejo-me dentro de uma máquina do tempo, que para além de nos fazer recuar vários anos, faz com que tantas lutas e conquistas pela igualdade sejam, agora, suprimidas. Ao mesmo tempo, vejo erguerem-se, de novo, guerras contra estes mesmos direitos e, eventualmente, outras tanto ou mais violentas e abrangentes.
Para finalizar a onda de contradições que até agora tem sido de difícil compreensão, deixo a notícia de que, também hoje, foi dia de comemoração dos 27 anos desde a queda do muro de Berlim, enquanto é prometida a construção de outros tantos que demarcam, não só, a divisão entre o homem branco, heterossexual e preconceituoso de todos os outros que lhe são diferentes, como também a divisão entre diferentes nações.
Sinceramente não sei o que é pior: se a construção de muros físicos ou a construção de muros mentais. E questiono, por último, quantos de nós ainda têm voz para se juntar ao grito que quer, apesar de tudo, sempre crescer.

- Sara Fialho e Teresa Carreira

(Fonte da imagem: https://www.facebook.com/comunidadeculturarte/photos/a.863113933715140.1073741828.863016237058243/1503365293023331/?type=3&theater)

Trump como Presidente

 

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 A vitória de Donald Trump representa uma ameaça em vários sentidos, para os EUA e para o mundo: o temperamento dele poderá colocar em xeque acordos históricos, como o acordo nuclear do Irão e o fim do embargo Cubano. Ele vai rejeitar metas ambientais, ameaçar a segurança de grupos minoritários, entre outras ações reprováveis. Muitos dos seus apoiantes vão sentir legitimados para provocar crimes de ódio devido à eleição de Trump e o seu discurso.

 As sondagens indicam que o voto branco foi o principal impulsionador da conquista de Trump. Ele passou uma mensagem de que os bons velhos tempos voltariam com ele, com empregos e segurança, e que, para o fazer, seria preciso acabar com o “politicamente correto”, não poupando em insultos e incentivos contra as minorias. A comunidade negra e a comunidade latina praticamente não votaram em Trump porque sabiam tornar-se-iam bodes expiatórios caso ele ganhasse, mas infelizmente o voto da população branca foi suficiente para conseguir dar a Donald Trump o lugar de presidente.

 De futuro há certas coisas que podem ser feitas para evitar a ascensão de “futuros Trumps” para o cargo de presidente. Uma delas é a abolição do colégio eleitoral, que tem um dado número de representares em cada estado. Mais pessoas votaram na Hillary Clinton do que no Donald Trump, mas como mais representantes do colégio eleitoral votarão em sentido do Trump, ele acabou por ganhar as presidenciais. Não faz sentido que o candidato com mais votos não fique presidente. Outra é nunca ignorar e nunca esquecer quando um futuro candidato tem uma conduta imprópria, por muito repetitivo que seja, repudiando e não dando o nosso voto. As restrições de voto aplicadas em alguns estados impedem grupos minoritários de votar e o facto de não haver tolerância de ponto no dia de voto são fatores que impactam o resultado da votação, por isso sugiro que estas restrições sejam levantadas e que seja concedido o dia para os trabalhadores irem votar. Finalmente, o partido Democrata deve analisar o que correu mal com a sua estratégia e pensar em algo diferente.

Inevitavelmente teremos quatro anos de Trump, mas a bola está no lado dos EUA para que não tenhamos oito anos de Trump.

-Manuel Magalhães

 

(Fonte: http://www.slate.com/content/dam/slate/articles/news_and_politics/politics/2016/04/160422_POL_Donald-Trump-Act.jpg.CROP.promo-xlarge2.jpg)

Sobre a Decorrente Normalização do Discurso de Ódio

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“A única coisa necessária para o triunfo do mal é que os homens bons não façam nada.” -Edmund Burke

 Lembro-me ter ouvido um discurso de Obama há relativamente pouco tempo onde que ele criticava Trump. Trump faz cometários misóginos e, como os partidos de extrema-direita europeus, instiga o medo com ataques dirigidos a grupos étnicos, religiosos e raciais. Não é a primeira vez que Obama critica Trump, mas neste discurso em concreto notei que Obama estava particularmente exasperado, referindo que as pessoas já não ligavam tanto às coisas terríveis que Trump dizia. O discurso de ódio *per se* já é repulsivo o suficiente, mas a sua normalização consegue ser ainda mais grave pela sua falta de notoriedade por parte de quem não é atingido.

 O pior é que, em alguns grupos, esta normalização já é sentida. A comunidade cigana em Portugal é alvo de injurias desde há anos, mas a sociedade em geral aceita tal como normal. Sinto que estão a ser dados passos contra isso, mas lutar contra algo que está intrínseco na sociedade é mais difícil do que algo que é visto como inaceitável pela generalidade das pessoas, daí a importância de nunca deixarmos de “ligar” a comentários ofensivos só porque são frequentemente utilizados.

 A defesa da liberdade de expressão não tem a ver com o discurso de ódio, pois a liberdade de expressão não protege este tipo de discurso, tanto em Portugal como em outros países, por não falar que essa liberdade não inibe as consequências provenientes dos seus atos. A liberdade não pode ser usada para desumanizar, tirando a liberdade a outros.

 Por isso defendo que devemos travar estes processos de normalização, não aceitando que o discurso de ódio seja proferido sem critica, senão os perpetradores deste tipo de discurso levarão avante a sua intenção de instalar as suas mensagens de ódio nas sociedades.

-Manuel Magalhães

(Fonte da imagem: http://harvardpolitics.com/blog/wp-content/uploads/2016/04/hate-speech.jpg)

Contatos

Email: dreamteensaventurasocial@gmail.com Tel: 214 149 152

Quer saber mais sobre o DREAM TEENS?

Com início em março de 2014, o Dream Teens (DT) faz parte do projeto Aventura Social, sob a coordenação da Professora Doutora Margarida Gaspar de Matos (Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa), em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde. O Dream Teens é uma rede de 106 jovens líderes (entre os 11 e os 19 anos), que juntamente com a equipa de apoio formada por especialistas, constitui uma rede a nível nacional. O objetivo desta rede é estimular nestes jovens o sentimento de responsabilidade, liderança, empreendedorismo e autonomia, para que possam transformar os seus sonhos e ideias em projetos concretos. No Dream Teens os jovens líderes tem mais voz, e estas vozes motivam mais e mais jovens portugueses principalmente através de ações que estimulam a participação social e cívica.

Arquivo DT