Notícias Falsas
A internet é a maior fonte de informação do mundo. Em poucos segundos posso pesquisar sobre quase qualquer assunto e estar a par com o que se passa em Portugal e no resto do mundo. Qualquer pessoa pode colocar conteúdos na internet, contribuindo para o seu crescimento — contudo, por muito que considere esta característica importantíssima para uma internet livre e de qualidade, tal representa uma espada de dois gumes. Por um lado, esta liberdade torna a internet diversificada e com muita informação útil, mas por outro lado a mesma pode ser utilizada para fins incorretos e até mesmo maliciosos, geralmente com propósitos políticos ou lucrativos.
A atual polémica das notícias falsas representa como a internet pode facilmente ser utilizada para manipular grandes grupos de pessoas, com a agravante das redes sociais serem frequentemente utilizadas para amplificar essas notícias. Testemunhei jovens que piamente acreditaram em notícias falsas, sem primeiro pesquisar por outras fontes e sem primeiro verificar o tipo de site em que estavam.
Deve-se denunciar essas notícias e as respetivas contas quando as mesmas aparecem nas redes sociais, alertando os outros utilizadores e recorrendo à funcionalidade de denuncia que cada plataforma oferece. Para além disso, acho importante aprender como detetar a falsidade dessas notícias. O ónus deve estar nas redes sociais para remover conteúdo, mas dada a dimensão das mesmas, que aumenta de dia para dia, é impossível detetar todos os casos. A utilização de algoritmos para a remoção de notícias falsas, embora útil, não é o suficiente e estes algoritmos são, por vezes, erráticos. Por isso, é importante informar como detetar notícias falsas, porque quanto menos pessoas acreditarem, menos motivação os escritores das mesmas terão de prosseguir com a sua tarefa, o que resultará em menos conteúdo falso. Através da divulgação de técnicas para a deteção de notícias falsas nos meios de comunicação social e nas escolas é possível impedir a subversão da nossa democracia e mitigar o efeito deste aspeto negativo da internet.
-Manuel Falcão de Magalhães
(Fonte da imagem: http://omicrono.elespanol.com/wp-content/uploads/2017/02/noticias.jpg)